-Toca a acordar habitantes de Coimbra, esta na hora de acordar do nosso sono e enfrentar a dura realidade. Porque alguns pesadelos não acabam quando abrimos os olhos.
Em algum lugar uma rapariga não sai do quarto há dias é como viver com Howard Hughes. Parece que é uma inválida, as visitas já vêm tarde. Espera que alguém faça progressos, porque nem todas as pessoas estão autorizadas a passar da porta. Boa, mandaram o “polícia bom.” Todos estão preocupados, pois são seus amigos. Mas para ela não existe castigo possível para aquilo que ele fez. Não quer contar a ninguém para ela é demasiado horrível. Mas não há nada demasiado horrível entre amigos, eles não fazem julgamentos, lembrem-se sempre disso! E conseguem perdoar qualquer coisa.
-Pobre rapariga, acabou de perceber que o tal rapaz fará tudo para manter a chama acesa.
-Quanto a outras pessoas, parece que estão a brincar com o fogo.
Parece que ela precisa de fazer algo, afinal não, o que precisa é de um comprimido para as náuseas. Toda aquela falsa generosidade dá-lhe vontade de vomitar. Continua a dizer que não há nada de falso, que só esta a tentar ajudar alguém que precisa…Mas ela sabe que ele só esta a fazer isto para poder estar perto dela, sabe exactamente quais são os seus pontos fracos. Ele pensou sempre em tudo…
Conversa:
Ele: - “Tu e eu… somos magnéticos. Tu também sentes isso. A nossa atracção nunca foi tão evidente”.
Ela: - “Desta vez é diferente.”
Ele: -“Não tem de ser. Eu Amo-te. Foi difícil dizê-lo, mas disse, e não me arrependi. Por isso peço-te, por favor, fá-lo por mim. Por favor, perdoa-me.”
Ela: -“Desculpa, não consigo.”
Parece que esta vez ele passou dos limites. Antes de o julgarmos, deveríamos pensar na possibilidade de não sabermos toda a verdade! O que sabemos exactamente? Não. Ele merece mesmo ficar só. Ele pode ser insensível mas talvez nós somos ingénuos. Sentimos o nosso cérebro a dar um nó, não esperamos que os outros compreendam. Para uns a única preocupação é saber qual dos dois tem o cabelo mais brilhante. Será que sabem tudo um do outro? …quando são confrontados com o assunto nem sabem do que estou a falar. O problema dele é esse mesmo, para ele tudo é um jogo. Mas é isso que os torna tão compatíveis, ela adora jogos, é o que a define…No último jogo, ambos perderam. Sem jogos, sem mentiras ou segredos são completamente honestos por isso é que são felizes mas por vezes isso também não chega. Era assim que devia ser. Como é que conseguem? É algo natural, acho. Espero que as coisas se resolvam.
-Surpresa, uma entrega especial, cortesia de uma pequena inimiga. Parece que as coisas boas nem sempre vêm em pequenos pacotes.
Passamos tanto tempo a culpar alguém, mas apercebemo-nos que afinal também tivemos culpa. Tornei-me na pessoa que sempre achaste que fosse. Quem mais me poderia Amar depois de me tornar no que sou? Obrigada por me teres feito perceber isso…
- Parece que todos somos apanhados a mentir. Se calhar é a verdade que está a receber massagens.
Tudo o que disseste naquela noite era verdade, fomos feitos um para o outro. Somos ambos maus e perversos. Se pensares bem temos muita sorte por nos termos encontrado um ao outro. Sei que não queres que fique resignada, como se fosse uma espécie de consolação. Ambos batemos no fundo mas batemos juntos. Ao menos não estaremos sozinhos no inferno.
Amor verdadeiro, Amor puro e simples. Era isso que queria ter… E não iria ficar aborrecida ao fim de 5 minutos. Faria tudo por ti. Mas e se isso não for certo? Nunca pensei que fosse possível Amar alguém demasiado, mas talvez seja. Gosto da pessoa que me tornei contigo. Este é o fim …
- Apesar da maioria das pessoas pensar que é o nosso cérebro que controla as nossas acções, é frequente o nosso coração fazer a maior parte do trabalho. Faz-nos fazer as coisas mais impensáveis, mas também nos pode deixar aproveitar novas aventuras. Porque quando abrimos o coração podemos explorar um mundo de Amor… e ser agradavelmente surpreendidos pelas pessoas já na nossa vida. Mas infelizmente, os nossos corações são muito sensíveis. E quando estão partidos, tudo à nossa volta se desfaz em pedaços.